quinta-feira, 26 de março de 2009

Pãozinho sem sal

Já escrevi isto… ou parecido… mas começo verdadeiramente a ficar em brasa. Vão tirar o sal ao raio que vos parta.
Que nós tenhamos um primeiro-ministro bacoco e uma série de ministros sem graça, tipo pãozinho sem sal eu percebo. É a política, dizem. É o tal padrão e roupagem que têm de vestir para ser sérios. Paulo Portas afirmava à boca cheia há uns anos que ter poder para ele era contra natura e que se tivesse um amigo com poder ou deixava de o ser ou de imediato (ele Paulo) ia para a oposição… mais tarde foi Ministro de Estado.
A saúde é importante, ok, e o Estado gasta dinheiro connosco é verdade (mas gasta mais com ele próprio por isso…). Mas eu não sou Sueco, Belga nem Alemão, nem quero ser. Eu sou PORTUGUÊS… ponho sal, ponho picante como os Indianos ou os Africanos, pois damo-nos bem com eles, bebo álcool como qualquer cidadão do mundo. Como gordura e barda, carne de porco, de vaca, de aves, peixes e até vegetais e estou farto de normas que me lixam o palato. Tratem da saúde uns dos outros e deixem-me em paz. Nada contra a oferta de produtos diferentes, de escolhas individuais que vão ao encontro da saúde que me querem vender… mas essa não é a minha. EU QUERO PÃO EXTRA SAL, quero baba de camelo, quero rissóis da minha mãe e entremeada, coirato, azeite e banha para cozinhar e quero tascas. Limpas, mas tascas à séria. Viva o vinho de uva e não a zurrapa europeia, viva o presunto e o queijo da serra com mais bactérias que uma estrumeira, viva o sal gema e marítimo e flor de sal como o caraças, eu nem estou doente… e se estiver como uma canja com galinha do campo cheia de gordura até ferver ou um caldo verde com chouriço de porco preto ou aquilo que me apetecer… com pão com muito sal com vinho ou com um pirolito.
O resto é conversa de burocratas urbanos doentes e doentios a fazerem jeitos a áreas de actividade que não sabem nem nunca souberam produzir com qualidade diferenciada, e por isso quanto mais padronizarem melhor, pois detêm os circuitos comerciais. INVEJOSOS.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Uma força invisível

Todos quando acordamos sentimos uma força que nos eleva, que nos motiva, que nos faz pensar e agir não de forma motora mas com um qualquer objectivo que nos ultrapassa.
Nas depressões, por exemplo. Nas agudas, essa força invisível tem um papel de ausência. Simplesmente não existe. Poucos sabem explicar (se é que há quem saiba) e a mente invade-se de uma ausência, de um escapulir permanente do desejo e da vontade… do que quer que seja. Outro caso é o dos doentes condenados (terminais dizem) que por vezes são hinos comoventes à vida, verdadeiros exercícios de vitalidade de pôr em sentido os jovens desmotivados ou desorientados.
Devemos ou não considerar a vida como uma dádiva, uma bênção, ou apenas como uma acção da Natureza?
Podemos ou não contagiar os nossos com essa força invisível que, tal como não se vê, não se explica, mas que de certo todos sentimos. Que caminho podemos ou devemos seguir para a perceber, para a determos e para a podermos partilhar?
Não sei. Não tenho resposta mas procuro-a por tudo o que me rodeia e em cada dia a procuro mais. Se a encontrar digo-vos. Se a virem, digam-me por favor.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Add it up - Censurado

Hora da verdade

Desde sempre tive muita dificuldade em acertar nos tempos.
Acho-me no entanto um Homem da minha época. Chego sempre atrasado mas vou.
Cozinho e ajudo um pouco em casa mas não passo a ferro nem coso. Não sou machista, racista nem homofóbico, mas penso na minha generosidade ao não sê-lo...
Todos me falam de igualdade, mas cada vez mais gosto da diferença da justa e respeitosa diferença da compreensão e assimilação das culturas identidades e personalidades diferentes que nos fazem chegar o quão belo é a coisa diferente. As diferenças entre Homens e Mulheres, entre povos e raças, culturas e regiões. E hoje todos me falam de padrão, de norma, de coisas assépticas e híbridas. Eu quero a diferença, desculpem!
Posso ser igual às vezes pois queria que me saísse o totoloto (agora euro milhões), mas não jogo.
Se calhar também sou diferente, gosto de vinho e de bagaço e chego a usar boina (herança viva de meu pai). Não me sinto urbano pois preciso de pessoas, embora precise da cidade, por vezes sinto-me provinciano, mas canso-me. Descubro em cada pedra um encanto, e em cada noite um fascínio.
Enoja-me a informação, mas vejo-a. Leio sem escolher bem o livro ou o autor e perco-me, e mesmo que me encontre saturo-me.
Não sei bem que horas são, mas tenho fome... acho que vou beber uma imperial.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Estarei burro

A maior parte das pessoas acredita em quase tudo o que ouve ou vê na TV, mesmo que a maioria das pessoas diga e pense mal dos jornalistas.
A hora do telejotnal é estupidificante, mas eu vejo.

Procura-te até nunca te encontrares

As pessoas tornam-se iguais na busca pela diferença. Há sede, sede de cultura, de afirmação, de prazer. Os limites foram alterados, a fasquia está mais alta, e nem todos sabem lidar com isso. Procuram desenfreadamente algo... e perdem-se.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Padre de Lixa

«Somos acima de tudo o que seremos»

Padre de Lixa

As revistas cor-de-rosa e a minha abstracção

Com devido respeito por todos quantos vão lendo devorando e consumindo uma nova forma de droga legal, as revistas cor-de-rosa, estou na verdade cada vez mais farto de famosos. Para além de saber que caso não tomem banho cheiram igualmente mal, a verdade é que me parece que todos os que são e todos os «wanna be», desgastam a inteligência ao mais comum dos mortais. Poderiam interpelar-me dizendo «Mas se não gostas não vejas, não leias, não oiças…» Mas o problema é que eles estão em todo o lado.
EM TODO O LADO!
Nas festas há zona VIP, normalmente ou onde se bebe à borla ou onde se está com menos confusão ou onde se pode fumar. Nas discotecas há guest lists…ou lá o que é isso. Nas empresas há cunhas para eles e para os filhos deles, na rádio estão em todas as estações com análises surreais, na TV estão em todos os canais nos jornais têm colunas como se tratasse de jornalismo. São uma praga…
Geram emprego pois há comunicação social específica e criam imaginários e sonhos a muitos que não têm vida, nem tudo é mau… Mas confesso que me causam um pouco de urticária. Estar numa festa e ver os ninhos de vespas que os perseguem, uma «moranguita com ou sem açúcar» tem dificuldade em fazer uma coisa tão simples como ir à praia, como já assisti. Enfim não os invejo, não os desejo conhecer nessa condição, de famosos, eventualmente na de pessoas. Mas é assim, e na verdade quem sou eu…???

Ai Portugal Portugal

Do rectângulo Atlântico. O nosso país tem muitos quês de caricato… Durante anos ouvimos que os sumptuosos lucros da banca se deviam à óptima gestão e mais aprumada e inovadora, diria mesmo pioneira capacidade de criar métodos tecnológicos adequados ao negócio. Afinal era do que já sabíamos, de pesadas taxas sobre os clientes e de um nível de endividamento acima das possibilidades, só para não falar de outras coisas…
O Governo baliza como meta fundamental a formação o que não deixa de ser um paradoxo se pensarmos que a taxa de desemprego em licenciados é superior à média nacional. A hora das verdades parece não ter fim, O Ministro diz … o Governador do banco de Portugal diz… o primeiro-ministro diz… e os factos vêm a desmenti-los de forma sucessiva. Penso sinceramente, que urge uma reflexão na sociedade portuguesa. Nem sempre a culpa é dos Generais mas que a coisa vai mal vai e é sempre nos períodos de crise que devem emergir as grandes mudanças. Por mim pode ser já. Não quero esperar mais.