Sócrates teima em si...
«Ele encarnou uma personagem na qual até o próprio já parece acreditar. Honesto, trabalhador, empenhado em Portugal e nos portugueses, ninguém faria melhor dirão os cartazes na data das legislativas.».
O problema é que já ninguém acredita... e pergumto ao ENGENHEIRO se a teoria da cabala se aplica neste caso? Pois parece esta ser mais uma vez a teoria 1 do PS. Aguardamos, em função dos factos, pela 2 a 3 e a 4 como de costume...
Os aios, esses já sairam à rua com principal destaque para o Professor Freitas do Amaral... numa palavra, deprimente.
Pergunto se os cabalistas já estarão a minar a carreira internacional do ENGENHEIRO pois parece que até a polícia britância já definiu o timming de anos de eleições, em Portugal para actuar, inaceitável.
Irascível na forma, por vezes enfático nas palavras, duvidoso nas acções... com ele vos deixo... Ficararão esclarecidos.. acho eu...
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Kill the Poor
Nunca nenhuma guerra foi feita pelo povo...
Todas por terra, poder, prestígio, diheiro, ambição e lutas entre poderosos...
Não há neutros, nem indiferentes, nem impotentes. Ou somos carne ou somos canhão.
Não sou anarca nem Punk... mas às vezes gostava.
Todas por terra, poder, prestígio, diheiro, ambição e lutas entre poderosos...
Não há neutros, nem indiferentes, nem impotentes. Ou somos carne ou somos canhão.
Não sou anarca nem Punk... mas às vezes gostava.
Estou Cansado
Às vezes sinto-me tão cansado, será próprio dos fracos, será das minhas dúvidas será de ti? Será de mim?
Estou Cansado
Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo…
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.
Álvaro de Campos
o poeta de todos os sentimentos, excepto do amor...
Estou Cansado
Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo…
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.
Álvaro de Campos
o poeta de todos os sentimentos, excepto do amor...
Os super aditivados
E assim mergulhei no lago.
O choque térmico fez-me voltar à normalidade. Olhei à volta e fiquei surpreendido.
Todos pareciam estar a consumir.
Verdade seja dita que eu mesmo, antes de começar a escrever, fui beber um cafézito, «ajuda a abrir a pestana...»
As pessoas andam aceleradas, mas não é menos verdade que uma boa parte das pessoas anda «aditivada». São os milhares de cafés diários, os comprimidos para tudo o que mexe, o elevadíssimo consumo de álcool na nova geração, as drogas leves que fazem parte integrante de qualquer grupo das zonas urbanas e que cresce a olhos vistos na província, é a estúpida mania das dietas compulsivas ajudadas por «pílulas» mágicas. Enfim, é uma panóplia de produtos mais ou menos químicos que uma grande parte da população toma.
É o excitante para sair da depressão, o calmante porque estamos excitados de mais.
Somos os reis do álcool, queremos ser os reis da «ganza», estamos no Top + do doping em atletas amadores, enfim, somos mesmo dos maiores... consumidores de substâncias que, de forma mais ou menos nociva, nos vão mantendo acordados. Se calhar, lá fora é igual, mas deixem-me ser um pouco egoísta em relação ao nosso Portugal (perdoem-me todos aqueles que, de facto, necessitam de tomar químicos para minorar ou curar qualquer maleita que tenham).
Usa as drogas, Zequinha, não deixes que as drogas te usem a ti. Usa-as em teu benefício de forma selectiva e moderada. Usas as que quiseres, sem preconceitos, mas cuidado, muito cuidado.
Será uma forma de progresso, uma invenção pós-modernista, o verdadeiro posso-ser-quem-quero-desde-que-tome-o-produto-certo. Eu adorava voar, mas não posso ter asas, nem nunca terei guelras ou barbatanas.
Se calhar, tenho uma boa dose de loucura natural que me minimiza a busca de algo mais. Se calhar, sou muito conservador nalgumas coisas, mas a verdade é que me sinto preocupado.
Vou voltar a mergulhar no lago. Pode ser que consiga ver as coisas de outra maneira, sem trip. Até já...
O choque térmico fez-me voltar à normalidade. Olhei à volta e fiquei surpreendido.
Todos pareciam estar a consumir.
Verdade seja dita que eu mesmo, antes de começar a escrever, fui beber um cafézito, «ajuda a abrir a pestana...»
As pessoas andam aceleradas, mas não é menos verdade que uma boa parte das pessoas anda «aditivada». São os milhares de cafés diários, os comprimidos para tudo o que mexe, o elevadíssimo consumo de álcool na nova geração, as drogas leves que fazem parte integrante de qualquer grupo das zonas urbanas e que cresce a olhos vistos na província, é a estúpida mania das dietas compulsivas ajudadas por «pílulas» mágicas. Enfim, é uma panóplia de produtos mais ou menos químicos que uma grande parte da população toma.
É o excitante para sair da depressão, o calmante porque estamos excitados de mais.
Somos os reis do álcool, queremos ser os reis da «ganza», estamos no Top + do doping em atletas amadores, enfim, somos mesmo dos maiores... consumidores de substâncias que, de forma mais ou menos nociva, nos vão mantendo acordados. Se calhar, lá fora é igual, mas deixem-me ser um pouco egoísta em relação ao nosso Portugal (perdoem-me todos aqueles que, de facto, necessitam de tomar químicos para minorar ou curar qualquer maleita que tenham).
Usa as drogas, Zequinha, não deixes que as drogas te usem a ti. Usa-as em teu benefício de forma selectiva e moderada. Usas as que quiseres, sem preconceitos, mas cuidado, muito cuidado.
Será uma forma de progresso, uma invenção pós-modernista, o verdadeiro posso-ser-quem-quero-desde-que-tome-o-produto-certo. Eu adorava voar, mas não posso ter asas, nem nunca terei guelras ou barbatanas.
Se calhar, tenho uma boa dose de loucura natural que me minimiza a busca de algo mais. Se calhar, sou muito conservador nalgumas coisas, mas a verdade é que me sinto preocupado.
Vou voltar a mergulhar no lago. Pode ser que consiga ver as coisas de outra maneira, sem trip. Até já...
A Rua do prazer e a encruzilhada da solidão
«Odeio a televisão. Odeio-a tanto como aos amendoins. Mas não consigo parar de comer amendoins.»
Orson Welles
Não acredito na felicidade como um estado latente, o «sou feliz» para mim não faz sentido. Apenas o «estou feliz e assim espero que continue». Os factores de realização individual são obviamente variáveis, dependem de nós, daquilo que queremos ou até daquilo que sem saber desejamos. A busca dos nossos prazeres, o ir ao encontro dos tais momentos de felicidade.
O Homem sempre viveu em dificuldade com o prazer. Há mesmo quem tenha medo, não de o perder ou de não o alcançar, mas de o chegar a ter.
Mas o Homem contemporâneo procura o prazer. Cada vez mais as pessoas se consciencializaram de que é um elemento fundamental para os seus momentos felizes e, então, aí vai disto. Cortam a direito na busca da felicidade. Cada vez mais esses prazeres se multiplicam e a capacidade do Homem de criar novas formas de prazer parece ilimitada. Até aqui tudo bem, mas há algo que me preocupa. O Homem está mais só. Mais isolado. Menos sociável. A padronização está invertida aos meus olhos. As pessoas tornam-se iguais na busca pela diferença. Há sede, sede de cultura, de afirmação, de prazer. Os limites foram alterados, a fasquia está mais alta, e nem todos sabem lidar com isso. Procuram desenfreadamente algo... e perdem-se. E aí mudam de prazer, de objectivo, de meta. Adaptam-se sem nunca chegarem a terminar o que começaram. Escasseia a força e refugiam-se no egoísmo.
E o prazer egoísta tem diversas formas. Um amigo entra na discoteca e deixa o outro à porta, os namoros são inconciliáveis porque ele não abdica do futebol (no estádio, na televisão ou no computador), e ela não abdica de ver a centésima loja no centro comercial mesmo com o rapaz quase a desmaiar. Não se apercebem mas isolam-se, são os jogos de computador, a Internet e os chats, as diferentes formas de estupefacientes, a ambição pessoal desmedida, o confundir «competição» com «egoísmo» ou «inveja».
Três pessoas, três televisores, o mesmo programa, uma família.
Não querendo parecer tão radical como Victor Hugo que afirmava que «o solitário é um diminutivo do selvagem, aceite pela civilização», até porque por vezes gosto de estar só, não devo é permitir que essa seja a regra.
E hoje é de pequenino que tudo começa. Não é fácil resistir, o prazer comanda a vida. Diverte-te, seja feliz e procure o prazer, não o receie, não o controles, mas não viva apenas em função dele. Até porque a forma de multiplicar a felicidade é ajudando outros.
Orson Welles
Não acredito na felicidade como um estado latente, o «sou feliz» para mim não faz sentido. Apenas o «estou feliz e assim espero que continue». Os factores de realização individual são obviamente variáveis, dependem de nós, daquilo que queremos ou até daquilo que sem saber desejamos. A busca dos nossos prazeres, o ir ao encontro dos tais momentos de felicidade.
O Homem sempre viveu em dificuldade com o prazer. Há mesmo quem tenha medo, não de o perder ou de não o alcançar, mas de o chegar a ter.
Mas o Homem contemporâneo procura o prazer. Cada vez mais as pessoas se consciencializaram de que é um elemento fundamental para os seus momentos felizes e, então, aí vai disto. Cortam a direito na busca da felicidade. Cada vez mais esses prazeres se multiplicam e a capacidade do Homem de criar novas formas de prazer parece ilimitada. Até aqui tudo bem, mas há algo que me preocupa. O Homem está mais só. Mais isolado. Menos sociável. A padronização está invertida aos meus olhos. As pessoas tornam-se iguais na busca pela diferença. Há sede, sede de cultura, de afirmação, de prazer. Os limites foram alterados, a fasquia está mais alta, e nem todos sabem lidar com isso. Procuram desenfreadamente algo... e perdem-se. E aí mudam de prazer, de objectivo, de meta. Adaptam-se sem nunca chegarem a terminar o que começaram. Escasseia a força e refugiam-se no egoísmo.
E o prazer egoísta tem diversas formas. Um amigo entra na discoteca e deixa o outro à porta, os namoros são inconciliáveis porque ele não abdica do futebol (no estádio, na televisão ou no computador), e ela não abdica de ver a centésima loja no centro comercial mesmo com o rapaz quase a desmaiar. Não se apercebem mas isolam-se, são os jogos de computador, a Internet e os chats, as diferentes formas de estupefacientes, a ambição pessoal desmedida, o confundir «competição» com «egoísmo» ou «inveja».
Três pessoas, três televisores, o mesmo programa, uma família.
Não querendo parecer tão radical como Victor Hugo que afirmava que «o solitário é um diminutivo do selvagem, aceite pela civilização», até porque por vezes gosto de estar só, não devo é permitir que essa seja a regra.
E hoje é de pequenino que tudo começa. Não é fácil resistir, o prazer comanda a vida. Diverte-te, seja feliz e procure o prazer, não o receie, não o controles, mas não viva apenas em função dele. Até porque a forma de multiplicar a felicidade é ajudando outros.
domingo, 25 de janeiro de 2009
E tu Zequinha?
«De vez em quando os homens tropeçam na verdade mas a maioria deles levanta-se rapidamente e continua o seu caminho como se nada tivesse acontecido».
Winston Churchill,
Discursos de Guerra
Winston Churchill,
Discursos de Guerra
O Zequinha – A biografia
José António Silva nasceu na aldeia beirã de Malhar-da-Vaca, no dia 11 de Abril de 1970, embora o registo oficial mencione o dia 18. Os seus pais imigraram para Lisboa, quando ele ainda não falava, em busca de melhores dias... mas não encontraram, nem Lisboa, nem melhores dias, pois ficaram a viver numa casa clandestina no concelho de Loures.
Toda a sua vida tem decorrido na capital, mesmo demorando duas a três horas para cada lado, em função da dificuldade de transportes que vai tendo. Até ao princípio da idade madura, continuava a ir todos os verões «malhar» numa pedreira na sua terra natal. Por vezes, o período de Verão estendia-se até ao Inverno, mas nem sempre.
Fez estudos primários e secundários. Primários na Escola do Catujal que não pôde continuar por dificuldades económicas. Secundários enquanto aprendeu a andar à porrada, a enrolar ganzas, a apalpar miúdas nacionais e estrangeiras, bonitas e feias, altas e baixas, gordas e magras, e até o «Coisa Linda», vizinho da rua de baixo sobejamente conhecido, e com quem desenvolveu alguma sensibilidade, enquanto penteava a Barbie que tinham gamado à Luísa, vizinha da rua de cima, «ganda betinha».
No seu primeiro emprego, foi serralheiro mecânico (depois da pedreira), tendo depois exercido outras profissões, a saber: torneiro mecânico, servente reconhecido em particular pela rapidez com que trocava minis vazias por cheias, e mais tarde ladrilhador. Mas hoje, graças a um curso do IEFP, é feliz e trabalha numa pastelaria que fabrica pão, bolas de berlim, pastéis de nata, e a grande especialidade da casa: pães de chouriço e de torresmo, de chorar por mais.
Publicou o seu primeiro texto, no jornal da Escola Secundária do Catujal, com 18 anos no 7º ano, mas foi bastante criticado e mesmo incompreendido, devido ao elevado número de erros ortográficos e acima de tudo, pelo exagerado recurso ao calão, (autorizado, mas não naqueles termos).
Em 1992 e 1993, fez parte da Associação Recreativa e Cultural do Bairro das Coroas C, tendo também coordenado, durante alguns meses, o Departamento de Apoio ao Director de Futbol Infantil do Bairro, vulgo roupeiro/seccionista/aguadeiro, pois apesar da sua louca paixão pelo futebol, nunca soube dar um chuto que não fosse no cu de algum vizinho malcriado. Mais tarde pertenceu à primeira Direcção da Associação Recreativa e Cultural do Bairro das Coroas D, quando começaram a legalizar as primeiras casas do seu bairro.
Casou com 21 aninhos, ela com 17, devidamente autorizada pelos pais, e tiveram o primeiro filho cinco meses depois que, apesar de precoce, nasceu com 3 quilinhos e 500 gramitas e media alguns 56 cm, ou seja para aí três palmos, mais ou menos.
Adora cinema, embora só tenha ido duas vezes, em particular filmes do Chuck Norris e do Bud Spencer, apesar de afirme que o «gajo do rabo-de-cavalo também é lixado».
Futebol, ou seja o Benfica, é a sua grande paixão, para além do Águias de Camarate e o Sacavenense, embora vibre com o mesmo entusiasmo nas derrotas do Sporting, do Porto, do Chelsea, do Olivais e Moscavide e do Sporting da Torre.
Hoje, pai de três filhos, tem a sua vida estabilizada numa casa dada pela Câmara e recebe o rendimento mínimo, pois o seu ordenado não chega para a viver, a mulher, trabalha a dias, ganha para aí o dobro dele, mas não declara e assim consegue ir governando a sua vida entre a tasca e os canaviais. O mais velho é rufia, mas nem é mau rapaz.... e assim, no fundo, Zequinha vive feliz.
Toda a sua vida tem decorrido na capital, mesmo demorando duas a três horas para cada lado, em função da dificuldade de transportes que vai tendo. Até ao princípio da idade madura, continuava a ir todos os verões «malhar» numa pedreira na sua terra natal. Por vezes, o período de Verão estendia-se até ao Inverno, mas nem sempre.
Fez estudos primários e secundários. Primários na Escola do Catujal que não pôde continuar por dificuldades económicas. Secundários enquanto aprendeu a andar à porrada, a enrolar ganzas, a apalpar miúdas nacionais e estrangeiras, bonitas e feias, altas e baixas, gordas e magras, e até o «Coisa Linda», vizinho da rua de baixo sobejamente conhecido, e com quem desenvolveu alguma sensibilidade, enquanto penteava a Barbie que tinham gamado à Luísa, vizinha da rua de cima, «ganda betinha».
No seu primeiro emprego, foi serralheiro mecânico (depois da pedreira), tendo depois exercido outras profissões, a saber: torneiro mecânico, servente reconhecido em particular pela rapidez com que trocava minis vazias por cheias, e mais tarde ladrilhador. Mas hoje, graças a um curso do IEFP, é feliz e trabalha numa pastelaria que fabrica pão, bolas de berlim, pastéis de nata, e a grande especialidade da casa: pães de chouriço e de torresmo, de chorar por mais.
Publicou o seu primeiro texto, no jornal da Escola Secundária do Catujal, com 18 anos no 7º ano, mas foi bastante criticado e mesmo incompreendido, devido ao elevado número de erros ortográficos e acima de tudo, pelo exagerado recurso ao calão, (autorizado, mas não naqueles termos).
Em 1992 e 1993, fez parte da Associação Recreativa e Cultural do Bairro das Coroas C, tendo também coordenado, durante alguns meses, o Departamento de Apoio ao Director de Futbol Infantil do Bairro, vulgo roupeiro/seccionista/aguadeiro, pois apesar da sua louca paixão pelo futebol, nunca soube dar um chuto que não fosse no cu de algum vizinho malcriado. Mais tarde pertenceu à primeira Direcção da Associação Recreativa e Cultural do Bairro das Coroas D, quando começaram a legalizar as primeiras casas do seu bairro.
Casou com 21 aninhos, ela com 17, devidamente autorizada pelos pais, e tiveram o primeiro filho cinco meses depois que, apesar de precoce, nasceu com 3 quilinhos e 500 gramitas e media alguns 56 cm, ou seja para aí três palmos, mais ou menos.
Adora cinema, embora só tenha ido duas vezes, em particular filmes do Chuck Norris e do Bud Spencer, apesar de afirme que o «gajo do rabo-de-cavalo também é lixado».
Futebol, ou seja o Benfica, é a sua grande paixão, para além do Águias de Camarate e o Sacavenense, embora vibre com o mesmo entusiasmo nas derrotas do Sporting, do Porto, do Chelsea, do Olivais e Moscavide e do Sporting da Torre.
Hoje, pai de três filhos, tem a sua vida estabilizada numa casa dada pela Câmara e recebe o rendimento mínimo, pois o seu ordenado não chega para a viver, a mulher, trabalha a dias, ganha para aí o dobro dele, mas não declara e assim consegue ir governando a sua vida entre a tasca e os canaviais. O mais velho é rufia, mas nem é mau rapaz.... e assim, no fundo, Zequinha vive feliz.
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